Princípios Therapeuticos II: Paracelso.
"Ponderei comigo mesmo que, se não existissem professores de Medicina neste mundo, como faria eu para aprender essa arte? Seria o caso de estudar no grande livro aberto da Natureza, escrito pelo dedo de Deus. Sou acusado e condenado por não ter entrado pela porta correta da Arte. Mas qual é a porta correta? Galeno, Avicena, Mesua, Rhazes ou a natureza honesta? Acredito ser esta última. Por esta porta eu entrei, pela luz da Natureza, e nenhuma lâmpada de boticário me iluminou no meu caminho". - Parcelso.
Paracelso é o pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus Von Hohenheim, médico, alquimista, físico e astrólogo, fundador da bioquímica. Era um homem gago, de baixa estatura e corcunda que, aos três anos de idade perdeu sua genital devido ao ataque de um porco.Seu pai, Wilhelm Bombast era médico e alquimista e seu avô, Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros de São João. Seu pai, por ser médico e alquimista, manipulava ervas usadas para curar os enfermos, dessa maneira tomou gosto pela alquimia e a medicina.
Como médico, viajou muito e por onde passou foi adquirindo conhecimentos sobre a manipulação de produtos químicos. Conhecido como "o médico dos pobres". Foi o cientista mais polêmico que se têm notícia, considerado um louco, mágico ou demente, seu trabalhou foi classificado por muitos, como não científico. Enquanto para muitos alquimistas o sonho era transformar metal em ouro, Paracelso utilizou a alquimia para criar medicamentos.
Paracelso morreu aos 47 anos de idade, após ter sido internado em uma clinica, enlouquecido e afirmando ter fabricado o Elixir da vida, a causa da morte não é certa, mas dizem que foi devido a uma infecção causada por um ferimento.
Toda sua obra foi redigida em Alemão, usou muito simbolismo em seus escritos, que hoje são interpretados de várias maneiras. Considerado um homem muito arrogante e convencido e por isso despertava ódio e antipatia, mas no entanto, era de uma competência acima do normal, realizava curas espetaculares usando medicina astral e talismânica.
A Teoria das Assinaturas
"Todos são interligados. O céu e a terra, ar e água. Todos são, uma só coisa; não quatro, e não duas, e não três, mas um. Se não estiverem juntos, há apenas uma peça incompleta."
-Paracelso
Um remédio “se mostra pela sua assinatura”, porque o exterior da planta de que ele é extraído espelha sua função e atributos. Assim, por exemplo, folhas em forma de coração foram recomendadas para doenças cardíacas. Mas também a época em que o remédio é tomado deve estar certa, pois a energia de uma planta só pode ser liberada durante determinadas constelações planetárias. Remédio, médico e doente formam um total ligadíssimo, de acordo com as leis da natureza. O conhecimento médico tem mais a ver com a intuição e a conhecida clarividência de Paracelso do que com o conhecimento intelectual.
A teoria das assinaturas, baseia-se no antigo provérbio Similia similibus curantur, que se opõe diretamente ao aforismo da escola galênica: Contraria contrariis curantur: assim, essa teoria está muito mais próxima da atual homeopatia do que da oficialíssima alopatia. Portanto é a semelhança, seja na forma, na consistência, na cor ou no odor, que determinará a adequação do remédio. Segundo Paracelso: "Tudo o que a natureza cria ela o faz segundo a imagem da virtude que lhe pretende atribuir."
A teoria das assinaturas, baseia-se no antigo provérbio Similia similibus curantur, que se opõe diretamente ao aforismo da escola galênica: Contraria contrariis curantur: assim, essa teoria está muito mais próxima da atual homeopatia do que da oficialíssima alopatia. Portanto é a semelhança, seja na forma, na consistência, na cor ou no odor, que determinará a adequação do remédio. Segundo Paracelso: "Tudo o que a natureza cria ela o faz segundo a imagem da virtude que lhe pretende atribuir."
Os herboristas da Idade Média, apaixonados por astrologia, já haviam estabelecido todo um sistema de correspondências entre os planetas e os signos do zodíaco —o mundo celeste —as plantas e os animais—o mundo terrestre, finalmente as diversas partes do corpo e os males que poderiam afetá-los —o microcosmo humano.
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