O Poder do Jejum I

Sempre que falamos de terapia alimentar e o uso sagrado da ingestão de alimentos como meio de restabelecer a saúde, nos limitamos ao estudo da aquisição de benefícios e deixamos de lado um dos maiores e mais potentes recursos de desintoxicação e equilíbrio: O Jejum.

"Tú tens duas mãos e uma boca." "Aprende, pois, a contar: Tens dois órgãos para trabalha e um só para comer". "Pela boca morre o peixe", e morre também o home quando abusa do estômago, entregando-se a extravagâncias alimentares. Pentagruel tem, hoje, inúmeros discípulos, grandes comilões, que não conhecem limites.

Talvez o estimado leitor ainda não saiba que diariamente morrem no mundo, vitimadas pela fome ou por consequências dela, mais de 100.000 pessoas. Não se espante, porém, se lhe dissermos que  muito mais do que os que morrem de fome são os que morrem de excessos alimentares, ou de suas consequências, e, ao que parece, ninguém se incomoda com isso. Não é, pois, sem razão que "a mesa mata mais que a guerra".

O Jejum, no entanto, não mata a ninguém, nem encurta a vida, nem rouba as forças; ao contrário, cura, prolonga a vida, fortalece. Claro é que não se recomenda em todos os casos, e, quando se adota, deve ter seus modos e seus limites!

O Jejum de que estamos tratando não consiste em apenas omitir uma ou duas refeições; tão pouco em reduzir a ração diária. Jejuar é não comer absolutamente nada, mas apenas beber água pura ou sucos coados, durante certo numero de dias, conforme  a doença e o respectivo tratamento.

O Dr. Victor Pauchet, renomado medico francês, exalta os benefícios do jejum.

"O jejum", diz ele, " é o melhor processo de desintoxicação que existe... Dessa maneira as toxinas são eliminadas, o tubo digestivo descansa, o sistema vascular não é mais fatigado pelo suprimento de nova massa nutritiva. Todo indivíduo atacado por uma enfermidade aguda deve jejuar. O tratamento da maior parte das doenças crônicas deve ser precedido de um jejum". "Todos os meses fazer uma cura de desintoxicação. Não se trata de tomar purgantes, nem de se encher de remédios, mas, sim, de observar um dia de jejum, ou até dois, ou três se se quiser"


O Dr. Paul Younis escreve: "O próprio organismo que não se alimenta, consome seus próprios tecidos, acabando por queimar e eliminar toda substancia morbosa e tudo aquilo que não seja essencial à manutenção da vida". "Como agente terapêutico, o jejum descansa o organismo para que as energias que deveriam ser usadas na elaboração dos alimentos atuem nas funções de eliminação e de purificação do corpo"

"Sabe-se que as celular dos órgãos enfermos se acham em estado de atividade maior que as células dos órgãos sãos. Como no organismo não há mais que uma energia vital, tanto para a realização dos fenômenos normais como patológicos, compreende-se porque o jejum, não desviando as energias para a transformação alimentar, reserva-as para a reconstrução e defesa dos órgãos enfermos."

Continua aqui: O Poder do Jejum II


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